A Auditoria de Juiz de Fora é sede da 4ª Circunscrição Judiciária Militar (CJM), que faz parte da Primeira Instância da Justiça Militar da União e tem como área de jurisdição o estado de Minas Gerais. Foi criada pelo Decreto nº 14.450, de 1920, inicialmente como 7ª CJM e, em 1926, ganhou a atual designação.
A juíza-auditora da 4ª CJM, Eli Ribeiro de Britto, lembra que a cidade foi escolhida
para ter um juízo militar por ser a antiga sede da 4ª Região Militar do Exército, que hoje é Belo Horizonte. “Somos uma circunscrição histórica, que julgou muitos casos emblemáticos”, afirma Eli Ribeiro, que tomou posse no cargo em 1998 e é a primeira mulher a assumir a titularidade da Circunscrição.
O prédio da Auditoria é um casarão com cerca de 120 anos, localizado na Rua Mariano Procópio. “O atual edifício foi inaugurado em 1999, após uma ampla reforma, pois lá funcionava um quartel”, lembra a juíza.
Entre os projetos de sucesso, apontados pela juíza, destaca-se o Manual do Soldado, uma cartilha com esclarecimentos sobre os principais crimes militares. “Há mais de dez anos, estamos desenvolvendo um trabalho preventivo junto às Forças Armadas, com palestras para soldados, cabos, sargentos e oficiais”, explica Eli Ribeiro. São feitas palestras anuais ou bianuais sobre os crimes mais recorrentes como trotes, abuso de autoridade e uso de drogas. “É uma forma também de divulgação do trabalho da Justiça Militar, que em nossa região é bem conhecida”, afirma a juíza.