Doutor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) fala sobre a evolução da aviação, desde os gregos e chineses até a segunda metade do século XIX, quando surgiu a aviação propriamente dita.
História e evolução da segurança de voo encerra capacitação
A palestra de encerramento do curso “O papel do Poder Judiciário na Segurança de Voo” ficou a cargo do professor Donizeti de Andrade, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). O tema da exposição foi a segurança da aviação, sua importância, evolução histórica e status atual.

O professor fez uma breve retrospectiva da evolução da aviação, desde os gregos e chineses até a segunda metade do século XIX, quando surgiu a aviação propriamente dita. “Estamos falando de uma área altamente complexa e multidisciplinar”, afirmou, citando a necessidade de interação de diversas áreas na tentativa de aliar novas tecnologias, questões ambientais e competitividade, por exemplo.

Entre 1910 e 1920, o professor citou como fatos importantes o surgimento do Boeing e a ocorrência de um grande número de acidentes. Um período de grandes avanços foi compreendido durante as duas grandes guerras do século XX e a criação da ICAO, a Convenção de Chicago (1944), que impulsionou a regulamentação da área. Estavam presentes 52 nações – hoje são 194 países signatários. “Tudo o que fazemos em termos de aviação civil está em um dos anexos da Convenção de Chicago”, afirmou. Também citou como exemplo a existência do Cenipa e da Infraero.

Engenharia aeronáutica e segurança de voo

Como lembrou Donizeti, a engenharia aeronáutica surgiu na Alemanha entre o final do século XIX e o início do século XX. Nas décadas de 1910 e 1920, o projetista era também piloto de teste. A partir da década de 1930, iniciou-se um processo de especialização nas várias áreas de conhecimento.

Na década de 50, as autoridades aeronáuticas, em especial na Inglaterra, passaram a se preocupar com a segurança durante os pousos, momento em que, estatisticamente, ocorre o maior número de acidentes. Na década de 1960, o computador contribuiu para a redução dos custos no processo de desenvolvimento, pois nele se pode fazer simulações virtuais.

A integridade do produto e a integridade da operação foram citadas como os dois pilares da segurança de voo. Segundo Donizeti, é preciso que os dois pilares conversem entre si, e quem fez isso primeiramente foi a Boeing, na década de 70, a partir da pergunta se o piloto estava preparado para operar a tecnologia da época.

Projeções para o futuro

O último item abordado foi a aviação como negócio com a explanação do ambiente de negócios da empresa ou instituição da área. Entre as projeções apresentadas, o professor falou que o Brasil poderá crescer de três a quatro vezes no setor. No entanto, possui tarifas 50% mais caras que os Estados Unidos. A frota de helicópteros civis teve um crescimento de 80% nos últimos anos, mas há uma grande escassez de pilotos, devido, entre outros fatores, ao maior custo de capacitação.

A Embraer foi citada como uma empresa transnacional, com uma imagem de marca de primeiro mundo. Uma novidade destacada foi o voo do Legacy 500, no dia 27 de novembro, o primeiro na área de aviação executiva.

Entre as tendências tecnológicas, cada vez mais, principalmente com a entrada dos aviões não tripulados, está se tentando imitar a natureza, como o voo dos insetos e dos pássaros. Outro desafio é como harmonizar o fator humano com as novas tecnologias, desde o início do projeto de engenharia, como o impacto na aceleração no organismo. No caso das pessoas, uma das dificuldades apresentadas foi o como quantificar as variáveis humanas nesse processo.

Encerramento

Ao final do curso, o coordenador do Centro de Estudos Judiciários da Justiça Militar da União (Cejum), ministro José Coêlho Ferreira, agradeceu à Presidência e à Administração do STM pelo apoio às atividades da semana e a todos os envolvidos na organização.

Segundo o presidente do STM, ministro Alvaro Luiz Pinto, o curso foi mais uma iniciativa no sentido da valorização do servidores e magistrados em seu desenvolvimento profissional. “Não vamos poupar esforços nesse processo de capacitação: o profissional que trata da Justiça precisa se preparar para os desafios futuros”, afirmou o presidente.

 


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