O Superior Tribunal Militar recebe nesta semana dezenas de servidores públicos de diversos órgãos, inclusive da própria Justiça Militar da União (JMU), no curso do Projeto Encantar, de formação de laboratoristas.
O curso tem por finalidade capacitar servidores e magistrados para atuação no Laboratório de Inovação da Justiça Militar da União, o Ímpetus. A capacitação ocorre em um ambiente de ensino dinâmico, onde a criatividade e a prototipação são a base para a construção de soluções inovadoras.
O Encantar é ministrado pelo juiz José Faustino Macêdo de Souza Ferreira, do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE) e coordenador do Instituto de Inovações Aplicadas ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (IDEIAS-TJPE), e também pelo Professor Doutor João Guilherme de Melo Peixoto, servidor laboratorista do IDEIAS-TJPE e professor da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).
Os formadores estão trabalhando os desafios da gestão para áreas estratégicas da JMU, bem como desenvolveram um mapa de oportunidades de inovação, utilizando técnicas, métodos e abordagens ativas.
A proposta é que seja produzido um ciclo de ideação a partir da construção do mapa de oportunidades de inovação e da produção dos motores de mudança; pretende-se, nesse contexto, analisar as soluções desenvolvidas a partir do ciclo de ideação realizado.
Além disso, estão sendo abordados aspectos teóricos e práticos da pesquisa científica, com ênfase na classificação, fases, problemas e planejamento de pesquisas de curta duração. Também são discutidas técnicas de coleta e análise de dados e os modelos de visualização de dados gerados pela coleta realizada.
No encontro, João Guilherme de Melo introduziu o tema, destacando ser interessante encarar a inovação sob a perspectiva de utilizar o que já se sabe para ir além. Ele salientou que as trilhas percorridas ao longo do curso podem ser vistas como oportunidades de troca de aprendizado entre professores e alunos, visando a uma construção coletiva do conhecimento dentro da seara proposta, qual seja, futurismo e pesquisa.
Já Faustino Ferreira abordou o futurismo no sentido de pensar novas configurações e formatações, utilizando imaginação, abstração e criatividade para a instituição de futuros possíveis e desejados.
“Estamos muito acostumados, no trabalho, na vida, no serviço público e no Judiciário, a nos preocupar com o hoje ou, no máximo, com algo do passado, quando fomos muito felizes ou feridos; mas temos pouca prática, em nosso dia a dia, de pararmos e pensarmos em soluções futuras para onde a humanidade está caminhando.
Nesse sentido, iremos trabalhar conceitos, percepções, mas principalmente realizar uma oficina, o mapa de oportunidade, que irá simular como as grandes instituições e organizações mapeiam, constroem ou pensam em cenários futuros”, destacou o docente.
O evento segue até sexta-feira (28).