O Diretor de Comunicação Social do Senado falou das relações entre mídia e política.

A capacidade da imprensa de influenciar os poderes constituídos foi um dos assuntos debatidos nesta quinta-feira (23) no IX Encontro de Magistrados da Justiça Militar da União.

O expositor foi o jornalista Fernando Mesquita, diretor da Secretaria de Comunicação Social do Senado Federal. Jornalista há quase 60 anos, Fernando Mesquita disse conhecer a relação entre mídia e política dos dois lados: como jornalista e como homem público, já que exerceu cargos no Executivo.

O diretor acredita que a mídia tem o poder de definir a agenda de discussão da sociedade. “Há dois pesquisadores americanos que disseram que os meios de comunicação não dizem como pensar, mas sobre o que pensar”, afirmou.

Além disso, o jornalista disse que há sempre um interesse em jogo quando da publicação de alguma matéria. “Hoje, por exemplo, existem agências especializadas em criar a imagem de pessoas e, de repente, alguém que não era conhecido passa a ter sua vida contada nos jornais e revistas.

O contrário também existe: há agências que destroem a imagem de pessoas também, plantam fatos e destroem reputações. Essas questões passam pela liberdade de imprensa”.

Entretanto, a liberdade de imprensa é um bem que deve ser tutelado, mesmo com todos os erros que são cometidos. “Na época do império, Dom Pedro II falava: se a imprensa não for livre, como vou conhecer meus ministros?

Tivemos um exemplo claro que ilustra essa afirmação no início do governo Dilma, quando a imprensa denunciou fatos e a presidente demitiu vários ministros denunciados”, analisou.

Mesquita considera que os Poderes não são influenciados de forma decisiva pela mídia e que os dirigentes sabem filtrar o que é realmente importante do que não é.

Além disso, é possível identificar a origem dos interesses do que é publicado. “Temos um jornal de grande circulação que faz oposição ao governo e todos sabem que a linha editorial da publicação é voltada para os interesses econômicos, pois é financiado por banqueiros”, disse.

“Além disso, o cidadão não é bobo, ele sabe que há um jogo de poder e interesses muito forte”, completou. Cobertura preconceituosa O diretor considera que a cobertura dedicada pela mídia ao Senado Federal é preconceituosa.

Ele esclareceu a intenção da Câmara Alta em manter todo o aparato de comunicação de que hoje dispõe (TV, rádio, agência de notícias, portal na internet, mídias sociais, jornal e relações públicas): “A nossa preocupação em manter essas mídias é prestar um serviço ao cidadão. Não é para promover a vaidade pessoal, pois nossos critérios são a isenção e da imparcialidade.

A sociedade precisa saber realmente o que se está discutindo em benefício ou contra ela. Nós temos procurado criar condições para que o cidadão possa votar melhor, escolher seus representantes a partir do acompanhamento do trabalho de cada um”.
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