Durante o workshop, houve a formação de grupos de trabalho. Neles, houve troca de informações entre os representantes de cada órgão que contavam suas experiências, tanto positivas quanto negativas, em relação ao programa.
No segundo dia de trabalho (31) participaram da ação os gestores do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), do Tribunal Superior do Trabalho, do Tribunal Superior Eleitoral, dos Tribunais Regionais do Trabalho, dos Tribunais Regionais Eleitorais, do Superior Tribunal Militar e dos Tribunais de Justiça Militar. Os demais tribunais participaram na segunda-feira (30).
Esteve presente ao encontro o ministro do Tribunal Superior do Tribunal (TST) Ives Gandra, que fez a abertura do evento com palavras sobre a atuação do CNJ nos últimos cinco anos. Ao citar Aristóteles, o ministro falou que a excelência na prestação jurisdicional deve estar aliada à vertente ética, e acrescentou que as virtudes da temperança e da prudência devem ser cultivadas pelo magistrado. “Da temperança tem-se a humildade, uma virtude que deveria ser muito prezada pelo juiz, pois não somos deuses, podemos errar”, defendeu. “Da prudência, decorre a providência, que significa prever eventuais problemas e suas soluções, além de representar um reconhecimento de nossas limitações.”
Ives Gandra relembrou que o 3º Encontro Nacional do Judiciário apresentou para a sociedade um novo modelo de Poder Judiciário. “Os representantes de todos os tribunais estiveram reunidos para mensurar os resultados obtidos e a fixação de novas metas”, afirmou. “Muitos que antes acreditavam ser isso uma utopia viram a seriedade do trabalho e a necessidade de engajamento. Segundo ele, as metas devem ser “desafiantes, para que as desejemos, e realistas, para que possamos atingi-las”.
O coordenador do evento e juiz auxiliar da presidência do CNJ, Antônio Carlos Braga, fez uma exposição sobre o cumprimento das metas pelos tribunais. Ao citar as estatísticas, o juiz afirmou que as Justiças Militar, Eleitoral e do Trabalho apresentaram os melhores resultados até o momento. No entanto, alertou para o fundamental trabalho de “nivelamento” de todos os integrantes do Judiciário, tendo em vista uma visão global, segundo a qual as repercussões positivas ou negativas são partilhadas por todos. “É por meio desses números que podemos mostrar nosso trabalho e nos comunicar com a sociedade”, declarou Antônio Braga.
Do trabalho realizado e apresentado no encerramento do evento, ficou a sugestão de aperfeiçoamento das metas, com os índices de aferição sendo baseados na área de competência de cada Tribunal, o que facilitaria seu cumprimento.